Adoção na ONG Kahdota

Adoção na ONG Kahdota

Eu sempre tive cachorro.

Na verdade, sempre “comprei” cachorro! O processo era sempre o mesmo: escolhiamos uma raça, procurávamos bons criadores e comprávamos. Nunca passou pela minha cabeça outra maneira de ter um cachorro.

Em 2016, quando a Anita, minha Basset Hound morreu, comecei a pensar em qual seria o próximo cachorro que iria comprar. Na minha família tivemos várias raças e aos poucos fui criando alguns critérios e parâmetros que me ajudavam na escolha do novo amigo. Critérios sérios e outras totalmente ridículos.

Começamos com o Fred, um Weimaraner maravilhoso, depois uma Cocker Spaniel super meiga, a Pafúncia (nome dado pelo Thi, na época com 2 anos). Tempos depois, com o Thi e o Tho entre 3 e 7 anos, morando em casa e passando finais de semana no sítio passamos a ter vários “amiguinhos” alegres e brincalhões. Os Labradores Medie e Moly e Golden Retrievers Tommy, Julie, Theo.

Em 2006, Morando em apartamento, com os filhos crescidos e ficando pouco tempo em casa “meu amiguinho” deveria ser menos agitado, menos bagunceiro e aí buscamos nova raça: Basset Hound. Me servindo de critérios bem questionáveis, argumentei: Golden não mais, ele solta muito pelo, seu rabo sempre derruba e quebra taças de vinho… e vinho tinto no sofá, no tapete… socorro!

Anita chegou como presente dos meus filhos!!! Ela era super calma, pra não precisar sair do seu puff quando eu chegava, ela balançava só a pontinha do rabo. Uma fofa! Todos que vinham em casa queriam levar a vida que ela levava. Pura paz!!! Depois de 10 anos, Anita nos deixou e durante esse período todo nunca derrubou um copo!

Passada a tristeza pela perda, estava eu pronta para mais uma compra. Com saudades do lado amoroso do golden, fiquei outra vez me questionando: golden (derrubando pelos e copos de vinho) ou basset hound que tinha sido tão perfeito? Adoro golden… Que dúvida! Adivinha onde eu fui parar? Num site americano onde você “encomenda” (literalmente) um goldendoodle! Uma mistura de golden com poodle. Se você olhar a foto de um puppy, vc não resiste. Parecem um ursinhos de pelúcia e pela combinação das raças, os pelos não caem, eles podem ter tamanhos variados, parecia perfeito. Eu teria um golden baixinho, já que existe poodle pequeno e mini (os meus copos de vinhos estariam salvos), pouco pelo no chão, já que os poodles não perdem pelo e se desse sorte ele teria o temperamento amoroso do golden (esse fator era mais difícil de garantir). Não parecia perfeito?

Mostrei a foto do meu futuro puppy para a Ju, da @petsdobem e ela me disse algo como: Rê, amigo não se compra, se adota… Eu não me lembro bem as palavras que ela usou para complementar essa fala, mas foi mais ou menos assim: Isso não combina com você… Como você, que é uma pessoa que trabalha há anos com causas sociais e ambientais e quer mudar o mundo, vai “comprar” um cachorro?

Nossa! Aquilo bateu tão fundo em mim. E por isso, digo que fui “salva” por ela! Eu estava entrando numa viagem tão insana, que hoje me assusto só de lembrar.

E foi assim que fui buscar no abrigo @kahdota meu novo amigo Têco (apelido dado pela Lulu)! O Têco entrou na nossa vida em 2017! Ele é SUPER! Super em tudo: super fofo, super carinhoso, super “pidão” e SUPER ALEGRE!!!

Solta pelo no chão, já derrubou uns copos, sempre derruba a Lulu, João e Nico no chão, sobe na mesa pra “roubar” restos do café da manhã e nem vou contar a bagunça que ele faz quando ele se encontra com seus amigos de 4 patas: Juju e Simba… hehehe

Mas, o que importa mesmo é que ele é um GRANDE AMIGO!

Obrigada Ju @petsdobem pelo toque que você me deu!