Conheça os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Mesmo com todos os esforços mundiais para reduzir a pobreza, 20% da população que vive em regiões em desenvolvimento ainda está em condição de vulnerabilidade social, sobrevivendo com menos de 1,25 dólar por dia. No total, este grupo representa 836 milhões de pessoas no mundo, quase quatro vezes o número de habitantes do Brasil. A pobreza afeta diretamente a vida das crianças: no Brasil, 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalham, sendo 19% deles entre 5 e 13 anos de idade.

A ONU propõe algumas ações bastante práticas para acabar com a pobreza como garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, para proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos, implementem programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões.

Como ajudar: Você estará ajudando a acabar com a pobreza se escolher consumir produtos que remuneram a cadeia produtiva de forma justa, que possuem um processo de produção baseado nos preceitos de Comércio Justo e preferencialmente com algum selo ou certificado externo, o que comprova a auditoria das práticas anunciadas pela empresa.

Ao investir em negócios de impacto social, empresas criadas para solucionar problemas ocasionados pela pobreza, como a falta de acesso a produtos e serviços de necessidade básica, você também está contribuindo para a redução das desigualdades (social e econômica) e erradicação da pobreza.
Para colaborar com as pessoas que vivem na linha da pobreza, com menos de U$1,25 por dia, apoie campanhas e abaixo assinados de organizações que atuem para combater a pobreza a nível local (no Brasil) e internacional (em diferentes países ao redor do mundo). É possível contribuir com essas organizações doando dinheiro, assinando petições, se voluntariando e compartilhando com sua rede social as campanhas de conscientização sobre a causa.

E você também pode ajudar colaborando com as campanhas de conscientização de combate ao trabalho infantil promovidas por ONGs especializadas na temática em parceria com o poder público.

Atualmente, uma em cada nove pessoas no mundo (795 milhões) ainda é subnutrida. A má nutrição causa quase metade (45%) das mortes de crianças abaixo dos cinco anos de idade – 3,1 milhões de crianças anualmente.

Entre os adultos, a situação também é crítica. Apenas no Brasil em 2019, morreram mais de 6.000 pessoas em decorrência da má nutrição, o que resulta em uma média de 16 mortes ocasionadas pela fome por dia em nosso país, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.
Acabar com a fome pressupõe, também, promover uma agricultura sustentável, já que agricultura é a maior empregadora no mundo, provendo meios de vida para 40% da população global atual.

Como ajudar: Você pode ajudar a acabar com a fome e melhorar a nutrição comprando de produtores pequenos e locais, que usem menos aditivos químicos (como agrotóxicos) e viagem percursos menores para chegar até a sua mesa. Essas ações combinadas te darão produtos mais saudáveis ao mesmo tempo que diminuirão o impacto ambiental de transporte dos produtos. Investir em pequenos agricultores é um modo importante de aumentar a segurança alimentar e a nutrição para os mais pobres, bem como a produção de alimentos para mercados locais e globais.

Cuidar da saúde é uma das principais metas da ONU em diversas frentes. Apesar do progresso global, os números de mortalidade materna e infantil ainda são alarmantes: quatro de cada cinco mortes de crianças abaixo dos cinco anos de idade ocorrem na África Subsaariana e no Sul da Ásia. A proporção de mães que não sobrevivem ao nascimento do filho nessas regiões, ainda é 14 vezes mais alta do que nas regiões desenvolvidas. Ainda há muito o que fazer nesse objetivo da ONU.

Como ajudar: Podemos ajudar a ONU a assegurar uma vida saudável para todos colaborando com organizações sociais que promovem a saúde nas áreas mais vulneráveis do mundo, em regiões subdesenvolvidas e no Brasil.

Ao investir em negócios que ofereçam informações ou atendimento médico a preços acessíveis para populações vulneráveis, você também está contribuindo para a promoção de uma vida mais saudável a todos os brasileiros. Existem portais que facilitam acesso a informações de saúde pública e também focadas eme melhorar a saúde da população de baixa renda no Brasil.

A matrícula na educação primária em países em desenvolvimento chegou a 91%, mas 57 milhões de crianças ainda permanecem fora da escola. Estima-se que 50% das crianças fora da escola com idade escolar primária vivem em áreas afetadas por conflitos. Inclusive, crianças das famílias mais pobres são quatro vezes mais propensas a estar fora da escola do que crianças de famílias mais ricas.

A universalização da Educação Básica no Brasil já é praticamente completa, com mais de 90% dos alunos em idade escolar matriculados na escola. No entanto, ainda enfrentamos desafios para promoção da qualidade na educação pública e para ofertar creches (educação pré-escolar), especialmente aos alunos de áreas mais remotas (distantes dos centros urbanos) e socialmente vulneráveis.

Como ajudar: Use seu direito de votar como uma forma de colaborar com essa e outras causas escolhendo candidatos que se comprometam em promover a equidade e excelência na educação pública brasileira.

Você também pode colaborar com a causa realizando doações à organizações da sociedade civil que atuem na promoção de uma educação de qualidade a todos os estudantes brasileiros, especialmente aqueles que estão em condição de vulnerabilidade social ou possuem algum tipo de necessidade especial para o seu desenvolvimento e aprendizado. Além da doação de recursos financeiros, também é possível se engajar através do voluntariado, aderindo a petições e campanhas e disseminando as ações com sua rede de contatos.

Na África Subsaariana, Oceania e Ásia Ocidental, meninas ainda enfrentam barreiras para entrar tanto na escola primária quanto na escola secundária. Mulheres na África do Norte ocupam menos de um a cada cinco empregos pagos em setores que não sejam a agricultura. Em 46 países, as mulheres agora ocupam mais de 30% das cadeiras no parlamento nacional em pelo menos uma câmara. Mas ainda é importante melhorarmos esses números e atingirmos a igualdade de gênero em todo o mundo.

Como ajudar: A desigualdade de gênero é multifacetada e pede diferentes ações de enfrentamento. Para colaborar com este objetivo, você pode apoiar meninas e mulheres em suas carreiras através de mentoria; apoiar as propostas de cotas (medidas temporárias para correção de desigualdades) para mulheres em âmbitos importantes da nossa sociedade, como cargos políticos e lideranças empresariais. Uma iniciativa importante nesta dimensão é o programa da ONU Mulheres He for She, campanha de solidariedade que defende os direitos das mulheres para igualdade de gênero.

Ao precisar consumir um produto ou serviço optar por comprar de marcas que promovam a inclusão de diferentes padrões de beleza (cor de pele, tipo de cabelo e formato de corpo) em suas campanhas, diminuindo a insegurança feminina com a aparência e evitando distúrbios alimentares como anorexia e bulimia, que afetam principalmente jovens meninas.

Difícil acreditar, mas a verdade é que 2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a serviços de saneamento básico, como banheiros ou latrinas. Diariamente, uma média de cinco mil crianças morre de doenças evitáveis relacionadas à água e saneamento. Ao mesmo tempo, aproximadamente 70% de toda a água disponível no mundo é usada para irrigação.

Como ajudar: Podemos contribuir com a causa de acesso à água potável, começando no nível individual, racionando o nosso consumo de água para evitar o desperdício e a escassez deste recurso essencial. Atitudes simples como fechar a torneira enquanto ensaboamos a louça ou escovamos os dentes já ajudam a economizar alguns litros de água diariamente. Outra forma é repensando as nossas escolhas. Você já parou para pensar que praticamente tudo que é produzido precisa de água? Para fazer uma calça jeans, por exemplo, 11 mil litros de água são consumidos. Na produção de 1kg de carne bovina, por exemplo, são gastos 17.000 litros de água, já que um boi bebe em média 40 litros de água por dia durante os 18 meses até ir para abate. Diminuir o consumo de carne, escolher comprar calças jeans de quem produz de forma sustentável pode ser um caminho.

E como a ampliação da infraestrutura de saneamento básico depende de políticas públicas que invistam na ampliação do acesso às moradias que carecem de planejamento urbano, ao decidir em quem votar, analise se a candidata ou candidato possui alguma proposta para o problema de saneamento básico brasileiro.

Uma em cada cinco pessoas no mundo (1,3 bilhão) ainda não têm acesso à eletricidade moderna. Você sabia que 3 bilhões de pessoas dependem de madeira, carvão, carvão vegetal ou dejetos animais para cozinhar e obter aquecimento? Ao mesmo tempo, a energia é o principal contribuinte para as mudanças climáticas, sendo responsável por cerca de 60% das emissões globais totais de gases do efeito estufa. Precisamos ampliar o acesso da população à energia. Porém, precisamos, também, incentivar o uso e a produção de energia de fontes renováveis e limpas, como as energias produzidas a partir do vento, da água, do sol, dos biomas e a energia geotermal. Atualmente, a energia renovável constitui, apenas, 15% do conjunto global de energia.

Como ajudar: Para contribuir com esse objetivo, podemos comprar e instalar painéis de energia solar, que captam a luz do Sol durante o dia para ser utilizada no aquecimento do chuveiro, por exemplo. Cada vez mais os escritórios de arquitetura estão preparados para atender as demandas por moradias sustentáveis, sendo menos dependentes de energia elétrica de fonte tradicional.

Você também pode apoiar iniciativas que criam soluções alternativas para iluminar locais que não possuem acesso à energia elétrica e investir em negócios que atuem na promoção de energia renovável ou oferta de energia elétrica em áreas remotas para populações que não tenham acesso.

A questão do desemprego tem sido um tema frequente e cada vez mais discutido em todo o mundo. O desemprego global aumentou de 170 milhões em 2007 para cerca de 202 milhões em 2012, dentre eles, aproximadamente 75 milhões são mulheres ou homens jovens. Aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza e a erradicação do problema só é possível por meio de empregos bem pagos e estáveis.

Como ajudar: Uma forma de colaborar é consumir de marcas que possuem um processo de produção baseado nos preceitos de Comércio Justo e preferencialmente com algum selo ou certificado externo, o que comprova a auditoria das práticas anunciadas pela empresa. Evite consumir de estabelecimentos que não emitam nota fiscal, pois negócios que não cumprem a legislação tributária estão também menos propensos a respeitar a legislação trabalhista e assegurar um ambiente de trabalho seguro aos seus colaboradores.

Os desafios são inúmeros: cerca de 2,6 bilhões de pessoas no mundo em desenvolvimento têm dificuldades no acesso à eletricidade; 2,5 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à saneamento básico e quase 800 milhões de pessoas não têm acesso à água; entre 1 a 1,5 milhão de pessoas não têm acesso a um serviço de telefone de qualidade. É importante promover a industrialização inclusiva e fomentar a inovação, pois o efeito da multiplicação de trabalhos industrializados impactou a sociedade positivamente. Cada trabalho na indústria gera 2,2 empregos em outros setores.

Como ajudar: opte por comprar produtos feitos pela indústria nacional e analise os planos de governo dos candidatos a posições em cargos públicos executivos, para avaliar a proposta de investimento industrial em seu país.

O segundo setor brasileiro, responsável pela produção industrial, recuou de 23% para 18% do PIB de 1995 a 2019 (fonte: Folha de São Paulo), sendo importante a garantia de sua retomada para o desenvolvimento econômico e social do país.

Tivemos inúmeros avanços em questões sociais nas últimas décadas. Porém, a desigualdade tem crescido. Em média – e levando em consideração o tamanho das populações – a desigualdade de renda aumentou em 11% em países em desenvolvimento entre 1990 e 2010. Isso significa que uma maioria significativa de famílias – mais de 75% – estão vivendo em sociedades onde a renda é pior distribuída do que na década de 1990.

Como ajudar: É possível apoiar a causa da desigualdade comprando produtos de empresas que revertem parte do valor arrecadado na venda dos bens para organizações que atuam nesta causa. Existem iniciativas que transformam todo o valor arrecadado na venda de seus produtos em investimento para as ações sociais que levam água potável, alimentação, educação, geração de renda e dignidade para pessoas em situação de vulnerabilidade. Você pode também doar para organizações sociais comprometidas com a causa da redução da pobreza, em suas múltiplas frentes de atuação. Comprometa-se em votar para candidatos a cargos públicos que apresentem sólidas propostas de redistribuição de renda, programas sociais de apoio à população mais vulnerável e reforma tributária.

Você sabia que cerca de 828 milhões de pessoas vivem em favelas no mundo? E o número continua aumentando. É uma questão bastante complexa, já que as cidades no mundo ocupam somente 2% de espaço da Terra, mas usam 60 a 80% do consumo de energia e provocam 75% da emissão de carbono. A rápida urbanização está exercendo pressão sobre a oferta de água potável, de esgoto, do ambiente de vida e saúde pública. Ao mesmo tempo, a alta densidade dessas cidades pode gerar ganhos de eficiência e inovação tecnológica enquanto reduzem recursos e consumo de energia.

Como ajudar: para colaborar com o problema do trânsito e deslocamento nos grandes centros urbanos, opte por realizar as atividades diárias próximo de sua residência se possível, como trabalhar, levar os filhos na escola e sair para atividades de lazer. Além das ações micro, planejamento urbano envolve ação governamental de médio e longo prazo. Para conhecer mais o que a sua cidade está fazendo a este respeito, acesse o plano diretor de seu município, disponível no portal da prefeitura. Você também pode apoiar e investir em reformas de casas populares.

Em um mundo em que somos incentivados a consumir a todo momento, é importante refletirmos sobre o nosso papel enquanto consumidores. Podemos, na medida das nossas possibilidades, sermos mais conscientes e praticarmos um consumo mais sustentável. Assim, podemos ajudar a diminuir o desperdício de 1,3 bilhão de toneladas de comida diariamente. Além disso, a população global segue crescendo e deve chegar a 9,6 bilhões de pessoas até 2050; o equivalente a três planetas seriam necessários para prover os recursos naturais necessários para sustentar os estilos de vida atuais.

Como ajudar: escolher o que comprar é um ato tão político quanto votar. Em nossa sociedade, investimento financeiro é uma forma de exercer poder e influência no mundo. Ao optarmos por transferir nosso dinheiro a uma empresa em troca de algum produto ou serviço, estamos não apenas comprando acesso àquele bem, mas endossando e dando o nosso aval a tudo o que aquela marca faz e representa. Se informe bem antes de decidir o que vale o seu investimento. Algumas perguntas que podem ajudar no processo são: Eu preciso mesmo deste item? Posso ter acesso a ele de alguma outra maneira (pegando emprestado ou alugando, por exemplo)? Caso decida pela compra, questione-se: esta empresa produz de maneira socialmente justa (respeitando a legislação vigente e valorizando seus colaboradores) e ambientalmente sustentável (seguindo as boas práticas ambientais atreladas ao seu setor de atuação)? Esta marca reforça as minhas crenças e valores na maneira como ela se apresenta, comunica e vende seus produtos (me sinto representado pelo que vejo desta marca)? Trazer mais reflexão e menos emoção para o processo de compra de um produto ou serviço ajuda você, a sua saúde financeira e o planeta.

As emissões de gases de efeito estufa oriundos da atividade humana estão levando a mudanças climáticas e continuam aumentando. Elas alcançaram atualmente seu maior nível da história. Emissões globais de dióxido de carbono aumentaram quase 50% desde 1990. Cada uma das últimas três décadas tem sido mais quente na superfície da Terra do que a anterior, desde 1850. De 1901 a 2010, o nível mundial do mar cresceu 19 centímetros com a expansão dos oceanos, devido ao aquecimento global e derretimento das geleiras. Ainda é possível limitar o aumento da temperatura global para 2ºC acima dos níveis pré-industriais, por meio de um conjunto de medidas tecnológicas e mudanças de comportamento. Existem muitos caminhos atenuantes para alcançar a redução substancial de emissões para as próximas décadas, com chances superiores a 66%, se for limitado o aquecimento a 2ºC – a meta determinada pelos governos. No entanto, postergar até 2020 para as mitigações adicionais aumentará substancialmente os desafios tecnológicos, econômico, social e institucional associados para limitar o aquecimento no século 21 para menos de 2ºC relacionados a níveis pré-industriais.

Como ajudar: reduza o uso do carro particular e opte pelo transporte público ou compartilhado quando possível. Sistemas de caronas e compartilhamento de veículos com amigos e familiares podem ajudar a diminuir não apenas o trânsito, como também a emissão de gases poluentes na atmosfera.
Contribua com organizações sociais que advogam pela causa ambiental, através da doação de recursos financeiros, assinando petições, participando de ações de voluntariado e engajando a sua rede de contatos.

Opte por comprar produtos feitos próximos ao seu local de residência, evitando contribuir para a poluição atmosférica agravada pelo longo deslocamento dos itens de consumo. Ao escolher o que comprar, avalie a forma como a empresa produz, os materiais utilizados e o respeito à legislação ambiental e trabalhista (auto declarada e comprovada por certificações e selos).

Os oceanos cobrem três-quartos da superfície da Terra, contém 97% da água do planeta e representam 99% da vida no planeta em termos de volume. Oceanos são a maior fonte de proteína do mundo, com mais de 3 bilhões de pessoas dependendo dos oceanos como fonte primária de alimentação. Porém, estão bastante vulneráveis também: 40% dos oceanos do mundo são altamente afetados pelas atividades humanas, incluindo poluição, diminuição de pesca e perda de habitats costeiros.

Como ajudar: o plástico é um dos materiais que mais poluem os oceanos terrestres, demorando cerca de 200 anos para se decompor. O Fórum Econômico Mundial relata a existência de 150 milhões de toneladas métricas de plásticos nos oceanos (Fonte: Revista Época). Para evitar o desperdício de plástico de maneira desnecessária, muitos estabelecimentos comerciais já adotaram o uso dos canudinhos de papel ou metal. Em algumas cidades, a medida tornou-se lei, podendo acarretar em multas para o estabelecimento que a descumprir. Adote este hábito em casa também e evite o uso de materiais de plástico, substituindo-os por materiais biodegradáveis ou de longa duração.

A situação das florestas no mundo e, particularmente, no Brasil, é um tema urgente também. Treze milhões de hectares de florestas estão sendo perdidos a cada o ano. Cerca de 1,6 bilhão de pessoas dependem das florestas para sua subsistência. Isso inclui 70 milhões de indígenas. Florestas são o lar de mais de 80% de todas as espécies de animais, plantas e insetos terrestres. Anualmente, devido à seca e desertificação, 12 milhões de hectares são perdidos (23 hectares por minuto), espaço em que 20 milhões de toneladas de grãos poderiam ter crescido. Das 8.300 raças animais conhecidas, 8% estão extintas e 22% estão sob risco de extinção. Até 2030 a meta é combater a desertificação, restaurar a terra e o solo degradado, incluindo terrenos afetados pela desertificação, secas e inundações, e lutar para alcançar um mundo neutro em termos de degradação do solo.

Como ajudar: colabore com ONGs que atuam na causa da preservação ambiental e não compre animais de origem silvestre ou selvagem, como aves e macacos, vítimas mais comuns do tráfico de animais no Brasil.

Se você for um investidor, procure programas que garantam a recuperação de áreas degradadas e invista em negócios relacionados à agricultura e pecuária que se comprometam com a preservação das áreas não utilizadas para cultivo, respeito à legislação ambiental e áreas de reserva e ações que resgatem a mata nativa dos entornos.

Alcançar a paz no mundo é um objetivo complexo e muito importante. Guerras e conflitos provocam mortes e muitos tipos de sofrimento. O número de refugiados registrados junto ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) era de 13 milhões em meados de 2014. Corrupção, suborno, roubo e evasão de impostos custam cerca de 1,26 trilhão para os países em desenvolvimento por ano. A taxa de crianças que deixam a escola primária em países em conflito alcançou 50% em 2011, o que soma 28,5 milhões de crianças.

Como ajudar: apoie organizações sociais que atuem para promover ações voltadas à construção de sociedades pacíficas, como campanhas a favor do desarmamento.
Colabore com organizações sociais e órgãos internacionais que atuem no apoio aos refugiados, através da doação de recursos financeiros, voluntariado, participando de campanhas e divulgando-as em sua rede de contatos.

Compre produtos feitos por refugiados e frequente bares e restaurantes empreendidos por eles, como forma de apoio econômico a este grupo. Na maioria das grandes cidades existem alguns estabelecimentos comandados por refugiados, procure prestigiá-los.

Para promover desenvolvimento social e econômico em diferentes regiões do mundo, é necessário mobilizar recursos financeiros adicionais para os países em desenvolvimento a partir de múltiplas fontes. Além disso, se faz necessário também promover a estabilidade macroeconômica global, inclusive por meio da coordenação e da coerência de políticas, aumentando significativamente as exportações dos países em desenvolvimento, em particular com o objetivo de duplicar a participação dos países menos desenvolvidos nas exportações globais até 2020.

Como ajudar: compre produtos fabricados em seu país, que apoiem o desenvolvimento da economia local, fazendo a geração de riqueza circular entre os empreendedores e negócios nacionais e contribuindo para o avanço dos setores produtivos (agricultura, indústria e serviços).